Um amigo, certa vez, me falou uma coisa interessante, tirada de um livro (sim, eu tiro o chapéu, livros de romance não são de todo inúteis). Acho que de 1984, do Orwell. Na estória só existiam 4 romances básicos dirigidos à classe trabalhadora. Tudo que era publicado era uma mescla desses 4, tipo o início de um com o final do outro. O mercado editorial atualmente não se diferencia muito disso.
É tudo a mesma porcaria. É verdade que algumas até são boas fontes de entretenimento, mas num mundo tão dinâmico, em que tempo disponível para você é um recurso escasso, eu não perderia dias com isso.
Filmes de ficção têm imensa vantagem sobre os livros. Eles são rápidos. Os maiores duram, no máximo, 3 horas.
E nos filmes ainda tem a interpretação. Duvido muito que o Dom Corleone do Mario Puzzo seja tão interessante quanto o interpretado pelo Brando ou que o Boca de Ouro do Nelson Rodrigues seja tão cafajeste quanto o do Jece Valadão. O Harry Potter mesmo... Eu não teria o menos saco de ficar lendo 150 livros daquela porra daquele bruxo, mas os filmes eu vejo com prazer, porque são muito bem feitos.
Outro exemplo: tem uma série da HBO que adoro, Game of Thrones. É realmente foda e se baseia numa saga contada em livros chamada Crônicas de Gelo e Fogo. Os livros também devem ser bons, mas duvido que tanto quanto a série. Na verdade eu nem quero saber. Não pretendo ler os livros jamais, até porque é volume pra caralho, acho que já tem uns 8.
Na boa, alguém que não seja desocupado tem tempo para ler os 3 livros do 50 tons de cinza? Duvido! Mas perder uma hora e meia para ver o filme que estão produzindo até que é razoável.
Lamento dizer isso, sei que é politicamente incorreto, pois é importante estimular as pessoas à leitura, mas livro de ficção está virando coisa do passado. Antigamente as pessoas tinham mais tempo. Não é a toa que o Pontes de Miranda escreveu seu Tratado de Direito Privado em 60 tomos. Alguém acha que isso seria concebível atualmente?
A propósito, por falar em filmes. Recomendo Os Miseráveis na tela grande. E Olha que sempre achei musicais um saco! Quando pequeno, eu tinha aversão àqueles desenhos da Disney em que, do nada, os personagens começavam a cantar e dançar. Que porra era aquela? Eu ficava puto. Mas olha, esse vale a pena! Nunca vi no teatro, mas aposto que no cinema fica ainda melhor. Aquelas cenas retratando a grandiosidade, as massas cantando, é simplesmente sensacional.
Se o Oscar fosse sério, esse filme seria hors concours. De quebra, eu ainda daria o prêmio de melhor atriz (e não o coadjuvante para o qual foi indicada) para a Anne Hathaway pelos 20 minutos em que ela aparece. Foi uma interpretação para a história. E o filme, pra mim, é o mais novo clássico do cinema.
(Escrito por: Argentino)
(Escrito por: Argentino)
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