terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Não Leia Romances, Veja Filmes

Não leio romances. Hoje em dia, a grande maioria dos livros publicados são meros produtos comerciais. Agora, até romance de banca de jornal vira best seller, tipo esses porcarias de 50 tons de cinza. Aliás, já repararam que ninguém publica mais um livro só? É sempre uma trilogia ou uma saga. E os incautos vão comprando e comprando.
Um amigo, certa vez, me falou uma coisa interessante, tirada de um livro (sim, eu tiro o chapéu, livros de romance não são de todo inúteis). Acho que de 1984, do Orwell. Na estória só existiam 4 romances básicos dirigidos à classe trabalhadora. Tudo que era publicado era uma mescla desses 4, tipo o início de um com o final do outro. O mercado editorial atualmente não se diferencia muito disso.
É tudo a mesma porcaria. É verdade que algumas até são boas fontes de entretenimento, mas num mundo tão dinâmico, em que tempo disponível para você é um recurso escasso, eu não perderia dias com isso.

Filmes de ficção têm imensa vantagem sobre os livros. Eles são rápidos. Os maiores duram, no máximo, 3 horas.

E nos filmes ainda tem a interpretação. Duvido muito que o Dom Corleone do Mario Puzzo seja tão interessante quanto o interpretado pelo Brando ou que o Boca de Ouro do Nelson Rodrigues seja tão cafajeste quanto o do Jece Valadão. O Harry Potter mesmo... Eu não teria o menos saco de ficar lendo 150 livros daquela porra daquele bruxo, mas os filmes eu vejo com prazer, porque são muito bem feitos. 

Outro exemplo: tem uma série da HBO que adoro, Game of Thrones. É realmente foda e se baseia numa saga contada em livros chamada Crônicas de Gelo e Fogo. Os livros também devem ser bons, mas duvido que tanto quanto a série. Na verdade eu nem quero saber. Não pretendo ler os livros jamais, até porque é volume pra caralho, acho que já tem uns 8. 
  
Na boa, alguém que não seja desocupado tem tempo para ler os 3 livros do 50 tons de cinza? Duvido! Mas perder uma hora e meia para ver o filme que estão produzindo até que é razoável.

Lamento dizer isso, sei que é politicamente incorreto, pois é importante estimular as pessoas à leitura, mas livro de ficção está virando coisa do passado. Antigamente as pessoas tinham mais tempo. Não é a toa que o Pontes de Miranda escreveu seu Tratado de Direito Privado em 60 tomos. Alguém acha que isso seria concebível atualmente?

A propósito, por falar em filmes. Recomendo Os Miseráveis na tela grande. E Olha que sempre achei musicais um saco! Quando pequeno, eu tinha aversão àqueles desenhos da Disney em que, do nada, os personagens começavam a cantar e dançar. Que porra era aquela? Eu ficava puto. Mas olha, esse vale a pena! Nunca vi no teatro, mas aposto que no cinema fica ainda melhor. Aquelas cenas retratando a grandiosidade, as massas cantando, é simplesmente sensacional.
Se o Oscar fosse sério, esse filme seria  hors concours. De quebra, eu ainda daria o prêmio de melhor atriz (e não o coadjuvante para o qual foi indicada) para a Anne Hathaway pelos 20 minutos em que ela aparece. Foi uma interpretação para a história. E o filme, pra mim, é o mais novo clássico do cinema.

(Escrito por: Argentino)

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